quarta-feira, 29 de julho de 2009

Rituais na Umbanda

Estou aproveitando o momento para escrever sobre algumas dúvidas de uma amiga, pois quando procuramos na internet artigos que nos tragam um melhor conhecimento ou que tire nossas duvidas e angústias, nos deparamos com divergências e acabamos às vezes com mais dúvidas do que antes de ler.
A Umbanda é uma religião com apenas 100 anos e foi “ramificada” (segmentada) em várias linhas como a Umbanda Branca ou de mesa, Umbanda tradicional, Umbanda Omolokô, Umbanda esotérica, Umbanda iniciática, Umbandomblé e existem outras ainda que não foram descritas, algumas seguem as raízes das bases iniciais de uma forma mais pura, e outras absorveram características de outras religiões, mas que mantém a mesma essência, com objetivo de fazer a caridade, com humildade, respeito e fé, embora algumas usem do nome pra se alto promoverem ou até para finalidades imorais.

Defumação – faz a limpeza no campo energético do médium, ela também faz essa limpeza na casa, afastanto as energias negativas que podem estar la, harmonizando o ambiente, quanto aos tipos de defumações que o outro artigo nos fala também esta correto em relação aos tipos de defumação e seu objetivo, ou seja quando usamos o charuto tem uma finalidade, quando utilizamos 3, 7 ou 21 ervas tem outro, o cigarro tem outro princípio, portanto tudo dependerá do objetivo da defumação.

Roupa Branca – sem dúvida ela representa limpeza, e é uma cor refletora, o que facilita a recepção ou emanação de energia de nosso campo vibratório, quanto ao ir vestido de casa, realmente o melhor é se trocar no terreiro, pois no trajeto podemos carregar energias densas em nossa roupa, na maioria dos terreiros os filhos se trocam no local pois, eles só são atendidos pelas entidades depois da assistência, então devem estar mais harmonizados nesta questão, entretanto em nossas giras passamos primeiro no tratamento, portanto o guia nos limpa antes de atendermos a assistência e a questão da roupa não influi.

Ponto riscado – é o cartão de visitas, uma identificação, a assinatura mesmo, eles identificam poderes, tipos de atividades e os vinculos iniciáticos da falange, e utiliza-se a pemba (feita de calcáreo na forma oval) para riscar e esse ponto estabelece contato vibratório com as energias cósmicas, por exemplo quando se risca a estrela de Davi ou seja a estrela de 6 pontas, trata-se da estrela do equilíbrio, do trono da justiça de Deus, a linha de Oxalá, e da linha do oriente.

Pontos cantados – são cantigas em louvor aos orixás, as entidades, são verdadeiros mantras que servem entre outras para trazer ou levar entidades, os pontos cantados de raiz são aqueles que foram ensinados pelas próprias entidades, entretanto vários musisistas gravaram diversos de suas autorias com inpiração superior, outros porém visam apenas lucro, portanto o verdadeiro ponto é aquele que toca nossos corações para a verdadeira fé.

As Guias – Sua função é a proteção, não deixando que as energias negativas nossas ou de outras pessoas nos deixe carregados, pois é realmente um para-raios, tanto que muitas vezes ela arrebenta do nada, como o que ocorreu com a Cris sabado passado, a guia atraiu alguma carga negativa muito forte que estava no local ou pode também ter sido uma sucessão de cargas adquiridas ao longos dos dias, outra função é nos ligar ao espiritual e a vibração, fazendo uma “ponte” mesmo entre nós e os guias, por isso temos diversas guias, feitas de diversos materiais e cores onde cada uma representará o orixá, o guia, a entidade a quem pertence, e as usamos também de acordo com nossa linha de trabalho, com por exemplo, se sou filha de yemanja minha guia será azul, se é oxum será dourada, e assim sucessivamente, as guias merecem todo nosso respeito e amor, portanto não devemos fazer dela um mero colar, quanto ao ser guardada no terreiro depende muito do local que frequentamos, no nosso caso podemos levá-la pra casa, entretanto devemos usá-la só na casinha, ou com ordens superiores pra nos proteger em momentos difíceis.

Pés descalços – Sabemos que a Terra tem bilhões de anos e é um para-raios natural, e se estivermos descalços quando recebemos uma carga negativa ela se dissipará no solo, entretanto nosso terreiro não é de chão batido, portanto o efeito desejado é muito sutil e quando tiramos os sapatos pode ter outras duas definições, a primeira em respeito ao solo do terreiro, pois nossos sapatos são sujos e não entramos na casa das pessoas de sapatos sujos não é? Rsrsrsrs o segundo é em relação a nossos antepassados, lembrando uma passagem da biblia que nos diz “do pó viestes ao pó retornará” ou seja quando morremos nosso corpo retorna a terra, portanto quando estamos com os pés no chão entramos em contato com nossos ancestrais.

Bater cabeça – É um ato de submissão, respeito e humildade em relação ao Divino, quando batemos a cabeça estamos “dizendo” que aceitamos, compreendemos e concordamos que estamos subordinados a uma lei maior e quando o fazemos renovamos nosso compromisso com a caridade e com a umbanda, as vezes batemos a cabeça quando o guia se despede ao final da gira ou quando na subida da entidade nesse caso quer dizer obrigado a entidade e ao mesmo tempo faz com que nossos chackas voltem a intensidade normal.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

As Velas na Umbanda

Vamos falar um pouco sobre as velas, fundamental nos rituais umbandistas e utilizadas em varias religiões que muitas vezes nos levam a reflexões sobre sua finalidade e razão.
As velas feitas de parafina são derivadas do petróleo acumulado há milhares de anos na natureza, as de cera extraídas de árvores ou abelhas, portanto as duas têm origem orgânica.
Não sabemos exatamente quando iniciou o uso das velas religiosamente, entretanto seja a vela de cera ou parafina fonte de luz e calor e nos chama ao encontro com nosso intimo, entramos em sintonia com nossos afins, portando deverá ser um ato de fé e amor; o pensamento mal direcionado, confuso ou disperso pode levar a acontecimentos não positivos ou simplesmente não funcionar.
As chamas das velas têm vários significados como, por exemplo, fogo purificador (que consome energias negativas), luz do conhecimento (dissipa as trevas da ignorância) e luz que guia os desencarnados. A Vela poderá ainda ser uma força de encaminhamento, de fluxo energético para resgatar e encaminhar espíritos. Poderá, também, ofuscar, destruir, intimidar espíritos malfazejos para que percebam a energia do amor e da luz Divina.
Podemos acender velas para o anjo da guarda dentro de nossas residências, mas devemos ter muito cuidado, procurando acender sempre acima da cabeça e vigiando nosso estado de espírito para não desviarmos nossa concentração e conseqüentemente atrair espíritos desequilibrados. Já as velas oferecidas as entidades e orixás deverá ser preferencialmente acendidas em seus pontos de força (reinos), entretanto nem sempre isso é possível e poderá ser acesa em um altar devidamente preparado.
As velas coloridas têm vários significados, dependendo da intenção de quem as acende. Na umbanda as velas coloridas se relacionam as linhas, orixás e entidades como, por exemplo, Oxalá – branco, Oxossi – verde, xangô – marrom, Ogum – vermelho (ou azul escuro), Yemanja – azul, Oxum – azul, Iansã – amarela, Omulú – branca, Nanã – roxa, Ibeiji - rosa, Pretos Velhos – preto/branca, Marinheiros – azul/branca, Baianos – marrom, branca, boiadeiros – marrom, verde, roxa, branca, caboclos – verde, marrom, vermelho, amarelo, branca, Exus – vermelho, preta, branca.
O mais prudente antes de acendermos, é nos aconselharmos com os guias, a freqüência, como e qual o tipo de vela podemos acender para a finalidade que desejamos, afinal estando em um templo e parte de nossa segurança é realizada por eles e com certeza terão a satisfação e disposição em nos orientar, pois sabem o que é melhor para nós.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ainda Tomaremos um Café Juntos

Um professor, diante de sua classe de filosofia, sem dizer uma só palavra pegou um pote de vidro, grande e vazio, e começou a enchê-lo com bolas de golfe.
Em seguida, perguntou aos seus alunos se o frasco estava cheio e, imediatamente, todos disseram que sim.
O professor então, pegou uma caixa de bolas de gude e a esvaziou dentro do pote. As bolas de gude encheram todos os vazios entre as bolas de golfe.
O professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio e voltou a ouvir de seus alunos que sim.
Em seguida, pegou uma caixa de areia e a esvaziou dentro do pote. A areia preencheu os espaços vazios que ainda restavam e ele perguntou novamente aos alunos, que responderam que o pote agora estava cheio.
O professor pegou um copo de café (líquido) e o derramou sobre o pote umedecendo a areia.
Os estudantes riam da situação, quando o professor falou:
“Quero que entendam que o pote de vidro representa nossas vidas. As bolas de golfe são os elementos mais importantes, como Deus, a família e os amigos. São com as quais nossas vidas estariam cheias e repletas de felicidade.
As bolas de gude são as outras coisas que importam: o trabalho, a casa bonita, o carro novo, etc. A areia representa todos as pequenas coisas. Mas se tivéssemos colocado a areia em primeiro lugar no frasco, não haveria espaço para as bolas de golfe e para as de gude”.
“O mesmo ocorre em nossas vidas. Se gastarmos todo nosso tempo e energia com as pequenas coisas nunca teremos lugar para as coisas realmente importantes. Prestem atenção nas coisas que são primordiais para a sua felicidade. Brinquem com seus filhos, saiam para se divertir com a família e com os amigos, dediquem um pouco de tempo a vocês mesmos, busquem a Deus e creiam nele, busquem o conhecimento, estudem, pratiquem seu esporte favorito... Sempre haverá tempo para as outras coisas, mas ocupem-se das bolas de golfe em primeiro lugar. O resto é apenas areia”.
Um aluno se levantou e perguntou o que representava o café.
O professor respondeu: “que bom que me fizestes esta pergunta, pois o café serve apenas para demonstrar que não importa quão ocupada esteja nossa vida, sempre haverá lugar para tomar um café com um amigo”.