quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ponto das Sete Linhas

Quem está de ronda é Ogum Megê;
Quem rola as pedras é Xangô Caô;
Flecha de Oxóssi é certeira é, é, é, é;
Oxalá é meu senhor ô, ô, ô, ô, ô
Sete linhas de Umbanda;
Sete linhas pra vencer, dentro da lei de Oxalá ninguém pode perecer;
Tem Oxum nas cachoeiras, Iemanjá Deusa do mar, Iansã para defender, Pai Ogum para demandar

domingo, 16 de agosto de 2009

Exú na Umbanda

Vou falar um pouco sobre os Exus, que são divididos em 11 reinos (reino das encruzilhadas, reino dos almas, reino das matas, reino das pedreiras, reino das cachoeiras, reino das estradas, reino do povo do lodo, reino do povo do fogo, reino do povo da terra e reino do povo das águas e reino do povo do ar) e cada um é composto por 7 povos, portanto ao todo são 77 povos de Exú, onde cada povo é comandado por um Exu-Chefe e uma Pomba-gira Chefe.
Encontrei um trecho no livro Tambores de Angola de Robson Pinheiro que resolvi compartilhar, pois me trouxe esclarecimento sobre essa entidade que ao contrário do que muitas vezes ouvimos falar, os Exús não são diabos, espíritos ruins, endurecidos ou obsessores e sim “entidade de luz (em evolução) com profundo conhecimento das leis magísticas e de todos os caminhos e trilhas do Astral Inferior.
Não tem nada a ver com as imagens vendidas nas casas de artigos religiosos, com chifrinhos e rabos... Exu não é o Diabo.
São os guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no ambiente.
São trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações que emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio. Conhecem profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez e disciplina.
Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois vocês não ignoram que lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só reconhecem a força das vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso, e personalidade forte que se impõem. Essa, a atividade dos guardiões. Sem eles, talvez, as cidades estivessem à mercê de tropas de espíritos vândalos ou nossas atividades estivessem seriamente comprometidas. São respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam. São temidos no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da disciplina por várias e várias encarnações.
Muitos do próprio culto confundem os Exus com outra classe de espíritos, que se manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.
Na Umbanda a caridade é lei maior, e esses espíritos, com aspectos mais bizarros, que se manifestam em médiuns são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores, de vadios, que vagam sem rumo nos sub-planos astrais e que são, muitas vezes, utilizados por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos. Além disso, encontram médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus propósitos inconfessáveis e passam a sugar as energias desses médiuns e de seus consulentes, exigindo “trabalhos”, matanças de animais e outras formas de satisfazerem sua sede de energia vital. São conhecidos como os quiumbas, nos pântanos do astral. São maltas de espíritos delinqüentes, à semelhança daqueles homens que atualmente são considerados na Terra como irrecuperáveis socialmente, merecendo que as hierarquias superiores tomem a decisão de expurgá-los do ambiente terrestre, quando da transformação que aguardamos neste milênio. Os médiuns que se sintonizam com essa classe de espíritos desconhecem a sua verdadeira situação.
Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em muitos terreiros que se dizem umbandistas e se especializam em maldades de todas as espécies, vinganças e pequenos “trabalhos”, que realizam em conluio com os quiumbas e que lhes comprometem as atividades e a tarefa mediúnica. São, na verdade, terreiros de Quimbanda, e não de Umbanda. Usam o nome da Umbanda como outros médiuns utilizam-se do nome de espíritas, sem o serem.
Os espíritos que chamamos de Exus são, na verdade, os guardiões, os atalaias do Plano Astral, que são confundidos com aqueles dos quais falei. São bondosos, disciplinados e confiáveis. Utilizam o rigor a que estão acostumados para impor respeito, mas são trabalhadores do BEM.
São eles os verdadeiros Exus da Umbanda, conhecidos como guardiões, nos sub-planos astrais ou umbral. Verdadeiros defensores da ordem, da disciplina, formam a polícia do mundo astral, os responsáveis pela manutenção da segurança, evitando que outros espíritos descompromissados com o bem instalem a desordem, o caos, o mal. Tem experiência nessa área e se colocam a serviço do bem, mas são incompreendidos em sua missão e confundidos com demônios e com os quiumbas, os marginais do mundo astral”.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Hino da Umbanda

Refletiu a luz divina
Com todo seu esplendor
Vem do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na Terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
Para tudo iluminar
Umbanda é paz e amor
Um mundo cheio de luz
É força que nos dá vida
E a grandeza nos conduz
Avante filhos de fé
Com a nossa lei não há
Levando ao mundo inteiro
A bandeira de Oxalá”.

Esse hino tem uma história muito bonita, onde o seu autor José Manuel Alves era musicista e suas composições mais famosas foram a marcha “pombinha branca” em 1955 e o dobrado “Quarto Centenário” em 1956, em toda sua carreira gravou um único disco com sua banda, ocupou vários postos na Banda da Força Pública e aposentou-se como capitão.
Em relação à Umbanda compôs diversos pontos, como “Ponto dos Caboclos”, “Xangô, Rei da Pedreira”, “Sarava Oxossi”, “Saudação aos Orixás”, “Prece a Mamãe Oxum”, “Ponto de Abertura”, “Xangô, Rolou a pedra” e o “Hino da Umbanda”, onde o mais interessante é como se deu sua ligação com a umbanda, pois ele era cego de nascença, e procurou o Caboclo das Sete Encruzilhadas que era a entidade do médium Zélio de Moraes, fundador da Umbanda e mesmo não conseguindo a cura, por ser sua doença de origem cármica, se apaixonou pela Umbanda.
Em 1960 compôs este maravilhoso hino, mostrando que a “Luz Divina”, que vem do “Reino de Oxalá”, não é pra ser vista com os olhos físicos, que voltarão ao pó, mas sim com os olhos do espírito. O autor apresentou sua composição ao Caboclo das Sete Encruzilhadas, que gostou muito e a oficializou em março de 1976.
Percebemos com essa história que o amor, a fé, a humildade e a resignação deram origem a esse lindo hino, que nos mostra que a Luz Divina é capaz de passar por todos os obstáculos nos iluminando sempre.

domingo, 9 de agosto de 2009

Vampirismo Energético

Quando falamos em vampirismo nos lembramos do Drácula dos filmes da TV, onde o conde Drácula, que é um vampiro, suga o sangue das pessoas matando, ou as transformando em novos vampiros, apesar de toda essa ficção existe realmente uma forma de vampirismo que consiste na absorção de energia vital de semelhantes. Esse ato pode ser consciente ou não e realizada por uma pessoa encarnada ou espíritos desencarnados (normalmente espíritos sofredores).
Podemos muitas vezes perceber que estamos sendo vitimas de vampirismo através da observação do meio em que estamos, unindo as sensações que sentimos como, por exemplo, quando sentimos cansaço ao ficarmos perto de pessoas pessimistas ou negativas, quando estamos em locais cheios, sentimos peso nos ombros ou na nuca, frio na barriga, moleza nas pernas e pressão nas têmporas, esses sintomas aumentam quando no local existe carência de energia “positiva” como hospitais, presídios, delegacias, em alguns bares e estabelecimentos comerciais lascivos.
Os vampiros energéticos absorvem a energia localizada na faixa vibratória que fica ao redor do ser humano, energia essa que vem do nosso magnetismo mental, portanto lembremo-nos de que os afins se atraem, então quando estamos negativos atraímos faixas negativas, que atraem as larvas astrais, estas se alimentam de nossa energia até nos esgotar, tirando nossa vontade própria, e nos levando a crise emocional, irritabilidade, nervosismo, etc.
Quando o vampirismo é praticado por encarnados, estes se apresentam em profundo desequilíbrio interno, são pessoas ressentidas, altamente negativas, frustradas, inseguras, possuem complexos de perseguição, de vitima e baixa auto-estima, afetando negativamente as pessoas de seu convívio, pois lhes rouba a energia vital, chegando a interferir até mesmo de forma concreta causando intrigas, competições desleais, fofocas, etc. Esta situação vem se agravando no mundo moderno, pois, estamos nos afastando cada vez mais da natureza que é nossa maior fonte de energia.
Não existe nada melhor do que um banho de cachoeira, mar ou rio, pisar na grama, o ar puro das florestas enfim, o contato com a natureza para repor nossas energias, outro fator agravante é nosso trabalho que se torna cada vez mais competitivo, onde uns querem “passar a perna” nos outros e como não somos educados para a vida em comunidade nos transformamos em seres individualistas e egoístas, encarando nossos semelhantes como ameaça a nossa felicidade.
Embora o homem já tenha percebido o quão importante é o convívio harmonioso, e venha a buscar o equilíbrio físico e emocional através de algumas práticas como a utilização de banhos energéticos, defumações, amuletos, cristais e florais, nenhum apresentará cem por cento de eficácia, uma vez que é dentro de nós mesmos que estão as grandes vulnerabilidades e também a grande força para combater esses "amigos famintos", pois os pensamentos obsessivos, o afastamento da natureza, o viver a vida do outro (ultrapassando os limites de cada um), mentir pra si próprio (ou seja fingir o que não é), a falta de perdão, o viver do passado, os maus hábitos, a falta de cuidado consigo mesmo e os sentimentos tóxicos são os fatores que mais consomem nossa energia vital e atrai a negatividade, Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos, superar os obstáculos e afastar as energias negativas, portanto a reforma intima deverá estar presente ao longo de toda nossa existência, para que possamos mudar nossos padrões de comportamento,onde as bases dessa reforma foram lançadas no Livro dos Espíritos, afirmando que: “todo esforço individual no sentido de melhorar nesta vida e resistir ao arrebatamento do mal só pode ser realizado conscientemente, por disposição própria, distinguindo-se claramente os impulsos íntimos e optando-se por disposições que nos levem a mudança de comportamento.” Sendo que uns chegam pela compreensão natural outros pela dor, que também é um meio de despertar nossa atenção, enfim você vai pelo amor ou pela dor?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Defumação e Incensos

Sabemos que o homem desde a mais remota época já utilizava a fumaça da queima de várias plantas como estimulantes, calmantes e até mesmo alucinógenas, era utilizada também em rituais fúnebres e oferenda aos deuses.
As plantas aromáticas eram utilizadas principalmente em três práticas fundamentais para a existência humana que são os rituais religiosos, rituais mágicos e artes curativas
Os egípcios utilizavam os incensos em cerimônias como a coroação de faraós e enterros para neutralizar os odores e espantar maus espíritos, eles usavam um incenso chamado Kyphi que acreditavam aliviar a ansiedade, utilizando-o ao dormir para iluminar seus sonhos e ainda achavam que reavivasse a sexualidade dos mortos;
Os sumérios e babilônicos utilizavam o incenso de cedro para determinar o futuro, onde a cada pergunta, se a fumaça fosse para a direita acreditavam que teriam êxito, se fosse para a esquerda o fracasso;
Os hindus e budistas utilizam o incenso para meditação e é oferecido aos bons espíritos nos cultos diários;
Os gregos e romanos utilizavam tanto que no ano de 565 foi decretado uma lei proibindo o uso dessas essências por pessoas comuns, com medo de não terem o suficiente para os altares das divindades, pois as pessoas utilizavam em larga escala como proteção de suas casas, outros povos como os americanos, judeus, católicos e outros também utilizam o incenso em seus rituais e essa pratica vem crescendo em nosso dis a dia pois queremos que nossa casa seja aconchegante e agradável, entretanto nem sempre encontramos incensos de qualidade com resinas e óleos essenciais, normalmente são confeccionados com essências sintéticas e carvão o que diminui a qualidade e a eficácia;
A fumaça que sai do incenso é utilizada para purificar, santificar ou abençoar, acreditam inclusive que a fumaça é um mensageiro para o céus, onde nossos antepassados utilizavam os incensos também para protegê-los de doenças e pragas e essa teoria têm um fundo de verdade pois os incensos feitos de ervas tem propriedades anti-sépticas e quando queimamos incensos naturais quando em contato com nosso sistema olfativo atuam no cérebro, processando efeitos químicos que leva ao relaxamento, estimula e aumenta nossa energia, traz paz e tranqüilidade;
Como mencionei em outro artigo a defumação tem várias finalidades como:

DEFUMAÇÃO de DESCARREGO utilizada para eliminar as larvas astrais que empreguinam o ambiente tornando-o carregado o que desestabiliza as pessoas que ali estão. Antes de fazer a defumação limpe a casa, acenda uma vela para seu anjo de guarda pedindo proteção, a defumação deverá ser realizada de dentro para fora mantenha durante a defumação pensamento firme de que esta limpando sua casa, seu corpo e tudo que esta a sua volta, neste tipo de defumação pode ser utilizada 3 tipos de ervas que podem ser:

ARRUDA: Descarrego e defesa dos males, proteção e remove o efeito de feitiços;
GUINÉ: Atua como um poderoso escudo mágico contra malefícios.
INCENSO: Tanto a erva como a resina (pedra) são bons para limpeza em geral.
MIRRA: Descarrego forte, afasta maus espíritos
PALHA DE ALHO: Afasta más vibrações
BELADONA: Limpeza de ambientes
BENJOIM RESINA e CANELA: Limpa o ambiente e destrói larvas astrais.

DEFUMAÇÃO LUSTRAL atrai para o ambiente, correntes positivas das entidades, que ajudarão a abrir seus caminhos e afastam também qualquer resíduo astral que tenha ficado, essa defumação deve ser feita após a defumação do descarrego e de fora para dentro do ambiente e pode se utilizar das seguintes ervas:

ABRE CAMINHO: Abre o caminho atraindo bons fluidos dando força e liderança.
ALFAZEMA: Atrativo feminino, deixa o lar mais suave, limpa, purifica e traz o entendimento
ANIS ESTRELADO: Atrativo. Chama dinheiro
CRAVO DA ÍNDIA: Atrativo e chama dinheiro e dá força á defumação.
EUCALIPTO: Atrai a corrente de Oxossi
LEVANTE: Abre os caminhos do ambiente
LOURO: Abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente
MANJERICÃO: Chama dinheiro
ROSA BRANCA: Paz e harmonia
SÂNDALO: Atrativo do sexo oposto e também ajuda a conectar com a essência Divina;