quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Reflexões

Allan Kardec, diz em o Evangelho Segundo o Espiritismo que é preferível que existam vários centros pequenos, à existência de um grande, pois o centro pequeno e modesto atrai pessoas que estão realmente interessadas no aprendizado, no conhecimento e em melhorar espiritualmente, criando ao freqüentarem a casa, um clima de fraternidade, normalmente sem discriminações e criando um ambiente familiar.

Segundo J. Herculano Pires “Jesus ensinou a orar e vigiar, recomendou o amor e a bondade, pregou a humanidade, mas jamais aconselhou a viver de orações e lamúrias , santidade fingida, disfarçada em vãs aparências de humildade, que são sempre desmentidas pelas ambições e a arrogância incontroláveis do homem terreno. Para restabelecemos a verdade espírita entre nós e reconduzirmos o nosso movimento a uma posição doutrinária digna e coerente, é preciso compreender que a Doutrina Espírita é um chamado viril à dignidade humana, à consciência do homem para deveres e compromissos no plano social e no plano espiritual, ambos conjugados em face das exigências da lei superior da Evolução Humana. Só nos aproximaremos da Angelitude, o plano superior da Espiritualidade, depois de nos havermos tornado Homens”.

Todos nós temos obrigação de sermos abertos e unidos, não nos achando melhores ou piores, nem diferentes uns dos outros, cabe a cada um ser mais ou menos evoluído, lembrando que as discussões não nos levarão a razão, portanto conservemos nossos pensamentos em sintonia com o criador, ajudando uns aos outros, sendo a Fé a única certeza que Deus não nos abandonará.

Precisamos da fé, da humildade, da simplicidade, vendo primeiro nossos erros e faltas e sempre agradecer a Deus tudo o que ele nos tem proporcionado.
E ao entrar na gira em primeiro momento devemos:
Pedir licença a Deus, a nosso pai Oxalá, ao dono do congá;
Ao anjo da guarda pedir licença e proteção;
Respirando fundo e lentamente, bloqueando nossos ouvidos e levando nosso pensamento a quem estamos chamando, não interferindo com pensamentos desconexos e confiar em nossos guias e protetores, desse modo estaremos abrindo um canal com o mundo espiritual.

Que Deus nos abençoe e que sempre possamos estar juntos!

Feliz Aniversário

Hoje quero fazer uma homenagem ao Marco, nosso Papito, que nos socorre sempre que precisamos, sem medir esforços, que mesmo com o pouco tempo que tem, dedica horas de sua vida pra nos ajudar, dividindo sua atenção entre nós, sua família, seu trabalho e muito mais, com o infinito amor que tem para com todos, embora as vezes incompreendido, quando algum filho necessita maior atenção em determinado momento, sabemos que seu infinito carinho é dividido por todos nós e sempre caberá mais um, portanto ele é digno de todo nosso carinho.
Marco, este homem que admiro muito;
Com todas as suas virtudes, e também defeitos;
Este ser que zela com carinho seus filhos
E espalha ao caminhar muitas esperanças
Certezas e confianças aos filhos sobre seus futuros;
alegre, as vezes pensativo e silencioso;
Homem de fé e luta, sensivel, conselheiro e fiel amigo;
Infinito é teu coração....
Obrigado Marco por orientar nosso caminho
Feito de lutas e incertezas, mas também fé e perseverança.
Feliz aniversário, que Deus lhe dê muitas alegrias, paz, realizações, renovação e caminhos abertos.

sábado, 24 de outubro de 2009

A Corrente Mediúnica

Quando escrevi no artigo anterior que todos são importantes, me referi em todos os sentidos, inclusive durante as giras, isto independente do tipo de mediunidade, (que são mais de 100, mas as mais comuns são: transporte, incorporação, intuição, clarividência, audição, desdobramento e psicografia) e também a assistência, que tem um papel muito importante quando presente, pois formamos uma CORRENTE.

Para entendermos melhor o que é esta corrente, vamos analisar o aspecto científico que nos mostra dois tipos: a corrente contínua que ocorre quando o deslocamento de partícula se dá em uma única direção e a corrente alternada ora percorre uma direção, ora outra.

Comparando a energia elétrica com a energia mental, a elétrica é produzida por um gerador e a mental por nosso cérebro. O pensamento sai de nosso espírito, passa pelo cérebro perispiritual e alcança o meio físico através do cérebro, que emana vibrações de maior ou menor valor, isso de acordo com os nossos pensamentos, ou seja, o amor vibra em alta freqüência, o ódio em baixa freqüência.

Essas freqüências emitidas pelos pensamentos vão percorrer o espaço e irão se sintonizar com outras que lhes são afins, equivalentes e estabelecerá uma sincronia de forças, dependendo de nós o tipo de vibração que emitimos.

Quando estamos dentro da corrente mediúnica nossa concentração é de suma importância, pois quando nos concentramos estamos direcionando nosso pensamento para determinada coisa, fixando a mente em uma idéia, um pensamento e consequentemente sincronizando nossa energia, portanto se ficamos reparando uns nos outros com sentimentos de dúvida, superioridade, indiferença, inveja, ódio, ironia e outros sentimentos inferiores produzirão correntes alternadas, de baixa freqüência e comprometeremos a corrente, que irá falhar ou quebrar, e trará prejuízos a todos, pois receberemos todas as influencias maléficas que ali estão, por isso muitos médiuns passam mal, pois atraem tudo o que existe no ambiente em que se encontram ou por onde passam, e de lá saem “carregados”. Por onde andam, vão atraindo a tudo que há no caminho.

Devemos ficar tranqüilos, em prece e oração, transformando o ambiente em um local de otimismo, confiança, amor, compreensão, sincronizando nossas mentes com o gerador de todas as forças que é a Divindade que irá conduzir a produção de energias benéficas que serão utilizadas no socorro espiritual. Na concentração não devemos deixar nossa mente pular de uma idéia a outra, sei que muitas vezes é difícil, entretanto com treino, paciência e perseverança vamos aos pouco dominando nossos pensamentos e atingindo a concentração necessária ao equilíbrio da gira.

Buda dizia: o dia que a criatura humana livrar-se dos desejos, estará livre das doenças, dos renascimentos, do sofrimento e da própria morte. É muito importante então saber desejar. Quando a mente se esforça determinante e persistentemente para libertar-se dos desejos impuros, a sintonia com faixas mais elevadas do pensamento dar-se-á com maior liberdade e facilidade.

Segundo instruções psicofonicas o Médium Divaldo Pereira Franco relatou em matéria de concentração mental:
Preserve seus ouvidos contra as tubas da calúnia ou da maledicência;
Não empreste seu verbo às palavras indignas;
Não ceda seus olhos à fixação das faltas alheias, entendendo que você foi chamado a ver para auxiliar;
Não se entregue à cólera ou ao desânimo, a leviandade ou aos desejos menos felizes;
Não mentalize o mal de ninguém;
Caminhe no clima de otimismo para com todos.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Trajetórias

Em primeiro momento quero agradecer a todos, por fazerem parte desta casa de oração, e consequentemente de formarmos juntos uma família, onde podemos aprender uns com os outros, nos fortalecendo nos laços de amizade, amor, compreensão e união.
Antes de falar sobre o tema que o Sr Marabo me fez no sábado quero dividir com vocês meus sentimentos, minhas dúvidas, anseios e esperanças quanto a casinha, contando-lhes como fui parar lá:
Nasci em uma casa, nos fundos de uma marcenaria, próximo a rua Nossa Senhora Mãe dos Homens, chorava 24 horas por dia, porém não havia nada de errado comigo, tinha uma boa saúde e meu desenvolvimento era normal, realizei todos os exames existentes e nada justificava o choro, dormia apenas minutos. Em frente a minha casa havia uma igreja chamada Avivamento Bíblico, em uma noite de culto, um dos pastores ali presente atravessou a rua, foi até minha casa, me pegou no colo e foi até a igreja, ao entrar, todos ali presentes se levantaram em oração e a partir daquela noite nunca mais chorei, entretanto me lembro apenas de episódios que ficaram incutidos em mim: Um deles é a presença de um índio, que me acompanha desde os 3 anos de idade, e morria de medo, quando ele estava por perto eu nem me mexia. Algumas pessoas percebiam que eu era acuada, e achavam que minha mãe era muito brava, entretanto eu não falava a ninguém o que eu via, e fui crescendo.
Dos 3 aos 7 anos nunca toquei no assunto com minha família, e das pessoas que passaram pela minha vida e se foram, só me recordo do dia de suas mortes, onde outras entidades vinham buscá-las, (naquela época se velavam os mortos em casa). e eu via e sentia, e moriaaaaaaaaaaaa de medo.....
Aos sete anos mudei de casa, e fui morar em uma casa muito grande, onde o meu quarto era o último da casa, para eu chegar ao banheiro dava uns 20 metros de distância, e o índio continuava ali, e nessa época resolvi falar pra minha mãe, pois quando ia ao banheiro não tinha coragem de retornar ao meu quarto, porém, ela não acreditou, e tentou me provar que ele não estava ali.
Dos 7 aos 15 anos eu não dormia à noite, eu comprava ou emprestava vários livros e passava a noite toda lendo, só ia deitar quando as cinco da manhã meu pai levantava pra ir trabalhar e eu deitava ao lado de minha mãe e dormia até as 9. Ou quando o cansaço era intenso me deitava as sete horas para que eu pudesse dormir com a luz acessa.
E assim foi até que passei a trabalhar em uma loja de construção, e os fenômenos foram aumentando, pois passei a ouvir conselhos do que eu deveria fazer ou não, (eu pensava que eram meus pensamentos, mas eu interagia com eles, e em todos os casos eu obedecia aos conselhos, que evitou muitas coisas ruins de acontecerem).
Todas essas sensações começaram a me “prejudicar”, comecei a me afastar das pessoas, a me isolar, pois em alguns momentos eu via, em outros eu sentia as entidades que estavam com elas, e na maioria das vezes eram horríveis e me sentia mal, algumas vezes até com ânsia, definitivamente me arrasavam.
Meu primeiro contato com o espiritismo foi em 92 quando um dos proprietários da loja em que eu trabalhava percebeu o que estava acontecendo, quando entrou um casal na loja e eu desapareci só retornando quando eles foram embora, nesse dia ele me chamou, disse que aquilo não poderia acontecer e me deu um galho de arruda, alguns meses depois sonhei com ele se despedindo de mim e me mostrou uma igreja, e um símbolo, no dia seguinte quando cheguei ao trabalho me avisaram de sua morte. Foi uma pessoa que me marcou muito.
E o assunto ficou por isso mesmo, em 94 me casei e meu marido tinha uma amiga do candomblé, que eu não me sentia bem ao seu lado, embora não via as entidades que a acompanhavam, suava muito frio, tinha tontura e ânsia ao seu lado, então ela me disse que era devido as entidades que a acompanhava que não combinavam com as minhas, como eu morria de medo, resolvi não questionar os porquês, e fui levando a vida...Alguns anos depois me divorciei, pois ouvia, via e sentia muitas coisas a respeito de meu marido e não consegui o equilíbrio necessário para agir com inteligência. Eu me precipitei em algo que eu não sabia se era de minha cabeça ou não, passei por períodos de depressão, ansiedade, nervosismo, melancolia, tristeza e profunda, pois as vozes não saiam da minha cabeça. E acabei com um casamento que até hoje não sabemos o motivo...embora o ano retrasado um senhor me falou que era coisa feita, que eu sabia e me questionou o fato de eu não ter tomado nenhuma atitude...na época eu não tinha idéia do que fazer....
Há 7 anos mudei meu percurso de ônibus e ao subir a av. Suplicy encontrei a igreja de meu sonho e passei a trabalhar atrás dela, onde há 3 anos conheci uma pessoa que foi muito importante em minha vida, ela estava passando por um período difícil e achei que ia ajudá-la embora tenha ocorrido o contrario, quem me ajudou foi ela, ao me mostrar o quão eu era orgulhosa, insensível, egoísta, etc...ao não querer dividir meus pensamentos, minhas duvidas, meus sentimentos e ser ajudada quando necessário, e passamos a conversar muito, onde aos poucos fui colocando pra fora todos meus medos e receios, que acredito ter sido a fase mais difícil, pois nunca admiti fraquejar, muito menos demonstrar sensibilidade, medo, enfim os defeitos de um ser humano normal...
E minha mediunidade nessa época aflorou novamente de uma forma mais física, onde eu ficava realmente ruim, comecei a sentir várias coisas, e ela me socorria. Passei a além de ouvir, ver, sentir, passei a desdobrar, e como tínhamos uma certa sintonia, ela me trazia de volta a terra....isso perdurou até o dia em que cedi a um convite de ir até uma festa de Preto Velho, que foi muito engraçado pois fiz ela escrever um manual de como entrar, o que fazer, falar etc...
Após essa festa, aceitei outro convite e fui visitar a casa em que ela trabalha, todas as vezes que lá ia, o som do atabaque me deixava em “transe”, minha mente se apagava. Isso eu não sei o porquê acontecia, mas eu permaneci na assistência por alguns meses, e novamente para ajudar alguém, fui com uma amiga a um outro centro, onde a pessoa trabalha só, e ele me disse que esta casa estava somente sugando minhas energias, e impedindo meu progresso espiritual, passei antão a não mais freqüentar, ia apenas uma vez por mês a este senhor tomar um passe, entretanto voltava frustrada todos as vezes, pois não ia por mim, eu queria algo mais, então lhe questionei a respeito da vontade que eu tinha em freqüentar um local onde eu pudesse aprender a lidar com tudo isso, num primeiro momento ele jogou um balde de água fria, me dizendo que se eu pegasse algo ruim que não voltasse lá para ele tirar, mas ao final do trabalho me desejou boa sorte e disse que eu iria gostar.
Na semana seguinte, estava eu no novo centro, e justo na gira de esquerda (kkkkkkkk) ao ser atendida seu Exu Veludo foi bem objetivo e me disse que uma hora eu não iria agüentar mais, que eu deveria escolher um “chão” e que ali as portas estavam abertas.
Na semana seguinte marquei um horário com o Sr Osvaldo e ao conversarmos ele me disse que não era hora ainda de eu trabalhar em uma gira pois meus guias estavam bagunçados e eu deveria primeiro ser cuidada, conhecer melhor a casa, para depois participar das giras, e assim foi por mais alguns meses, eu ia as quartas e sábados e sentia muitas vezes algo que eu não sabia explicar, entretanto fui adquirindo equilíbrio, aprendendo a neutralizar as energias, não levando pra casa e principalmente o auto conhecimento, aprendi a não absorver as energias a minha volta, embora nem sempre consigo, mas mesmo assim sempre pintava ao final de cada gira um certo desânimo, uma certa frustração, era como se faltasse algo...foi quando conheci o Marco, e fui fazer uma visita a casa. Em primeiro momento senti muita diferença, achei que não iria ficar, pois tenho paixão pelo atabaque, a energia é diferente, mais forte, entretanto não é o tamanho das pessoas, da casa, ou o luxo que ela mostra e sim as pessoas que ali estão. E o que me fez ficar foi o carinho com que todos me receberam, o respeito as diferenças, a igualdade entre todos, o ato de doar ser querer nada em troca, enfim o infinito amor que vi ao redor, associado a imagem de Cristo de braços abertos, que demonstra em seu infinito amor, de que não importa como você seja, esteja ou é, que vai fazer a diferença e sim o que você busca melhorar em si próprio e graças a todos esses episódios e todas as pessoas que fizeram a diferença em minha vida que estou aqui hoje, me melhorando, evoluindo, aprendendo e o mais importante que apesar de toda essa graça que Deus está permitindo, através de tudo isso poder ajudar o próximo, através de algo tão lindo que é o amor.....
Escrevi tudo isso com o objetivo de disser o quão importante são todos vocês! Que Oxalá os abençoe sempre, e que a união, a compreensão entre as diferenças, o amor e a fé estejam sempre presentes no coração de cada um.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Erês na Umbanda

Como sempre após cada gira, reflito muito sobre o que eu aprendi e o que preciso aprender ou melhorar. Nesta segunda não foi diferente, embora eu não tenha ficado até o final, percebi o quão importantes são os Erês, “as crianças”, que representam a alegria, a sinceridade, a inocência, embora muitos que ali estavam só viam uma festa com doces, brincadeiras e descontração, não perceberam a grande importância desses seres que são divindades que indicam a contradição e a existência dos opostos. São associados ao nascimento, ao germinar das plantas, a nascente de um rio e representam tudo que é puro.
São entidades de grande sabedoria, e muitas vezes através das brincadeiras falam muitas “verdades” que precisamos ouvir de vez em quando...
Ao longo da vida, intoxicamos nossas mentes com sentimentos de raiva, ódio, impaciência, tristeza, rancor e outros sentimentos mais. É claro que não podemos conviver apenas com as pessoas de quem somos afins, de quem gostamos, de quem nos compreendem, de quem amamos, mas se pensarmos um pouco perceberemos ai, o nosso papel...
Deus coloca em nossas vidas pessoas contrárias àquilo que queremos ter como amigos, como colegas de trabalho, como família, enfim, ele esta nos mostrando o verdadeiro papel do ser humano, que é compartilhar com os que não tem, dividir o nosso amor com os que sentem ódio, inteligência com os menos inteligentes, compreensão com os aflitos, compreender as diferenças e que ao olhar e criticar o outro, estamos na realidade mergulhando num vale sem luz, pois muitas vezes o que criticamos no outro esta incutido em nós mesmos, que somos falhos e mesquinhos ao querermos perfeição do outro, se só Deus é perfeito, se todos nós estamos aqui para melhorarmos, para evoluirmos, portanto vamos abrir nossos corações, deixar as amarguras fora dele, buscar na inocência dos Eres, amarmos uns aos outros independente de seus defeitos.
Vou contar uma historia que ocorreu em uma gira de Erê que li algum tempo atrás e não mais esqueci, e gostaria que também refletissem sobre ela.
Uma das crianças incorporada em uma gira, ao andar entre a assistência perguntava a elas se “gostavam de comer coco de nariz”, é claro que todos respondiam que não pois é nojento.
Questionado sobre o porquê da pergunta respondeu:
-“Ao comer coco de nariz estamos nos alimentando de sujeiras de nosso corpo, é ruim e nos faz mal.”
Em seguida questionou quem lhe fez a pergunta:
- “Por que vocês acham nojento se alimentar das sujeiras do corpo, se vocês fazem o mesmo com sua alma, alimentando-a de sujeiras, energias impuras, mantendo-se na raiva, na incompreensão e na discórdia?”.
Muitas vezes queremos que nossa vida mude e esquecemos que se nós não mudamos nosso comportamento a vida também não muda.
Pensem nisso.
Oni Beijada!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Que é Ser Médium

Olá, quero dividir alguns pensamentos que tive em relação as perguntas “O que é ser um médium? E o que representa estar na casa?” feita por Marco no sábado.

Cada um de nós teve seu motivo para vir a freqüentar a casa, uns pela dor, outros pela fé, alguns por amor, até pela curiosidade ou por sentimento de superioridade. Em meio a muitas aflições e dúvidas eu me pergunto muitas vezes qual foi o real motivo de minha vinda, talvez a imagem de Cristo de braços abertos tenha me levado a reflexão: “de que não importa como você seja, esteja ou é, que vai fazer a diferença e sim o que você busca melhorar em si próprio” , tenha me levado a seguir até aqui em nossa religião.

Quando entrei a primeira vez, e fui falar com um Caboclo, eu não sabia exatamente o que dizer, a não ser agradecer por ter a oportunidade de estar ali e observar seu trabalho, e ao fazer percebi o quão carentes são as pessoas, necessitadas de atenção, de apoio, de uma palavra de consolo, outras vezes precisam mesmo é de um puxão de orelhas, pois pedem muitas vezes além de seus merecimentos, ou pedem além do necessário a sua existência, quando as entidades questionam dizendo: o que veio fazer aqui meu filho? Pede saúde, mas esquece as necessidades de seu corpo, pede emprego, mas, esquece de sair pra procurar e quando o tem, não sabe cuidar dele, quer um amor, mas esquece de dar um pouco do seu, pede compreensão, mas não compreende as pessoas. Sabemos que as Entidades não nos trarão soluções, e sim nos orientam e regularizam nossas aflições, eles não têm a cura, dão a compreensão, eles preparam o homem para entrarem em sintonia com o “Criador”, as respostas as quais procuramos estão dentro de nós mesmos, basta refletirmos sobre nossa conduta, nosso passado, nosso erros e acertos, lembrando que sempre temos a chance de melhorar, e respondo a questão:

“O que é ser um médium?”
Ser médium não significa ser missionário, ter missões especiais, não é um salvador do mundo, nem dispensador das graças de Deus. É tão somente ser intermediário entre dois planos de vida do universo. E algum tempo atrás recebi um e-mail com um texto porém sem autor, portanto caso alguém saiba, eu gostaria de postar, que dizia o seguinte:

Ser médium é:

Ser dono de suas obrigações e de suas responsabilidades.
É dividir com o próximo o dom que se manifesta em você de forma natural.
É fazer pelo próximo muitas vezes aquilo que você não consegue fazer por si mesmo.
É ser alívio para as horas de dor.
É ser amparo para os desesperados.
É ser caminho para os perdidos.
É ser telhado para os desabrigados.
É ser luz no meio das trevas.
É ser trevas em busca de luz.
É ser único no meio da multidão.
É ser multidão em busca do Um
É perder para ganhar. É ganhar para perder.
É sorrir com vontade de chorar. É chorar sorrindo.
É gritar no meio do silêncio É fazer silêncio gritando.
É ser espinho a procura de uma rosa. É ser uma rosa sem espinho.
É pedir ajuda ajudando o próximo
É pedir ajuda sem ser ajudado pelo próximo.
É ser o próximo sem ser ajudado por ninguém
É ser ninguém no meio da dor, da raiva e do ódio
É ser ninguém pelo trabalho de alguém
E mesmo sendo ninguém é fazer parte da criação se portando como um bem divino que mesmo não tendo nada, que mesmo não sentindo nada, que mesmo não pedindo nada, que mesmo não ganhando nada, ainda pede pelo próximo
Ainda sente pelo próximo e nada ganha pelo próximo. Sendo tudo isso, nada sou. Nada sinto e nada tenho pois me chamo médium.
Vivo com a cabeça na luz e os pés nas trevas
Sou fruto do meio e a ele não temo, sou semente do Criador e a Ele amo e respeito pela vida e na vida daquele que eu chamo de Senhor do meu destino. Amém
Senhor 7 Porteiras